segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Carlo Ginzburg estava lá

Carlo Ginzburg estava lá. Ele e seu tradutor. Um espetáculo estético e histórico. O grandíssimo na dentistolândia, um homem da cor de vermelho. A seu lado, o tradutor, filho da excelente presidente, um faustinho agauchado dos tempos de perdidos na noite. O homem lia o texto em inglês, ele tinha em mãos o texto em inglês. A pior noite de sua vida. Nervoso, cometeu muitos erros. O fatal: ainda no início, após mirar a platéia, atirou olhando os caderotes: “Ai, eu não vou pedir pra eles pararem, eles que se eduquem e façam silêncio.”. A vaia chacoalhou o próprio estádio, que chegou a trocar de lugar, quinze cenímetros para lá. O tradutor estremeceu. Balançou a bancadinha de vidro e quase derrubou o velho guinza, concentrado num carteado online.

Na tv, agora, um negote componente de mesa-de-debates clama por justiça e processos contra flanelinhas e esmoladores em gerau.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei melhor a parte da Taninha pedindo silêncio, traduzindo para a linguagem coloquial:

"Bando de pobres ignorantes, façam silêncio, no palco um homem muito mais inteligente que vocês!"


hihihi

até.