terça-feira, 31 de julho de 2007

Mas ó guri

Mas ó guri. E esse saco de gelo aí?
Ah, hahaha. É, olha só, cara: fui comprar uma fôrma de gelo. Comprar só por comprar, pra ter em casa, sabe. Daí cheguei lá, fui ver, 2 pila. Uma fôrminha pequena, de gelinho pequeno, uma merda. Daí fui ver um saco de gelo. E olha só, um sacão desse tamanho, dois e cinqüenta. E olha o tamanho. Daí pensei: porra, eu não tenho a necessidade de ser o proprietário de uma fôrma de gelo. Ainda mais de uma vagabunda daquelas. E olha só o tamanho do saco.
Grandão mesmo.
Pois é, tem gelo pra um monte de tempo. Pra um monte de dose, hehe.
Hãn?
Nada, nada. Mas viu...
Ahn?
Ahm... É, pois é, daí que bah... tá loco...
...
Ah, sim, sim! Viu, daí comprei o sacão e comecei a pensar no que tinha feito e a cada nova pensada tinha mais certeza do meu acerto. E ó, tá vendo essa outra sacola?
Aham.
Pois é, eu fui no mercado também pra comprar um copo, porque só tenho uma xícara, que a minha mãe me deu, chave, ruim de beber e tal – mas viu...
Hãn?
É... Ahm, sim, sim, daí ia comprar um copo, fui ver, 6 pila. Copinho de vidro e tal, metido a transparente e papapa. Daí do lado, bem do lado, um saco de copo, com cem, quatro e noventa. De plástico, mas daquele semi-transparente, durinho e coisa e tal. Quatro e noventa, cem. Daí tá loco né, vai dizer.
É, é...
Hehe.
...
...
Mas que taal esse guri, índio véio pensador.
Hehehe, pois é, pois é.
Eu achei que tu ia beber e por isso tinha comprado.
Nah, nah, capaz. Viu, vou ali. Tenho que fazer umas cicauterizações.
Tá, tá, até mais, abraço.


Grande sujeito esse ciumento de sua bebida.

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