O velho estava saindo do mar.
Há anos não sentia aquele sal queimando sob aquele sol.
A vida não lhe deu tempo para água. As lembranças da infância ficaram guardadas nas conchas que porventura lhe cruzaram o caminho e acabaram por alguns cacos de minuto reavivando ondas distantes de mar quando coladas à orelha.
O velho era feliz.
Ali, agora, naquele momento, era feliz como nunca antes o fora tão longe quanto fosse possível crer em sua desfalecida memória.
Os pés rastejavam na areia em respeito ao momnumento escataplástico da natureza ecológica.
O peito eriçado e o sorriso no rosto. O sorriso, o sorriso, o sorriso.
O negão bateu em seu braço:
- Senhor, eu estava analisando o nado do senhor.
- Sim, sim...
- O senhor é um forte candidato a virar estatística.
- Ahm... Sim, sim...
- Então te liga, BROW!
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